Depressão é assunto popular, de modinha. Aliás, é in, é cool, se apresentar como uma pessoa deprimida. Sujeito ganha carinhos e afagos automaticamente.
Para muita gente, a depressão é conseqüência de um desarranjo bioquímico do organismo. Claro que é. Entretanto, essa conseqüência é o resultado de um antecedente: desânimo existencial. É preciso que haja um mecanismo de ordem emocional para que surja a depressão na vida diária de uma pessoa.
"Ah, John, mas e o idoso?" O idoso, por estar perto do fim, tem uma consciência mais aguda da sua finitude, e isso provoca a depressão. Por isso é importante que a pessoa esteja intensamente envolvida com alguma atividade, seja ela qual for, e independentemente da idade.
Quando a pessoa está intensamente e realmente motivada por alguma coisa, ela não se deprime.
Ouço pela aí que jovens na flor da idade apresentam crises depressivas. Nada mais natural. É o resultado da percepção do vazio que são suas vidas. Eles têm a certeza de que suas atividades não lhes preenchem. Isso abre as portas para a depressão, a qual leva a toda sorte de desatino.
É isso aí, meus filhos: quando a pessoa está ativa, motivada, entusiasticamente ligada a alguma coisa, não há tempo para a depressão. A depressão é o resultado de um mecanismo deflagrador de ordem emocional. Por isso, dependendo da gravidade da depressão, é preciso, sim, um tratamento bioquímico, mas também a psicoterapia. Sem a psicoterapia, a pessoa jamais conseguirá ver o que de fato a arrasta para a depressão. O resto são interesses escusos dos grandes laboratórios internacionais e de médicos inescrupulosos.
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