"Habemus novus papam popem"
Sim, amáveis leitores! Uma coisa é inegável: depois do "popíssimo" João Paulo II, não há dúvidas de que o papa Francisco é pop.
Por pop, todos os pronunciamentos altissonantes desse papa (de fancaria, bien entendu!) Francisco são amplificados de maneira ensurdecedora e quase sempre positiva pela mídia.
Os discursos efeminados de Francisco, com foco puramente secular ou abertamente contra-mão dos ensinamentos da Igreja, soam como música aos ouvidos da mídia (predominantemente esquerdista). Uma leitura atenta desses discursos leva inescapavelmente à conclusão de que Francisco procura nivelar os ensinamentos da Igreja às tendências pagãs e politicamente corretas de hoje.
Esse simples fato já seria causa justíssima para que os verdadeiros católicos se afastassem do papa, com pesado voto de desconfiança. No entanto, a esmagadora maioria dos sedizentes católicos se pela de medo de se afastar do tacão do Vaticano, preferindo acovardar-se e mostrar complacência ante a face externa de Francisco.
Sendo certo que a mídia é pródiga em disseminar tudo o que há de mais imundo sobre a Terra (como campanhas socialistas, ecumênicas, pró-aborto, casamento gay etc.), como pode Francisco aceitar alegremente as calorosas loas dessa mesma mídia?
Something is rotting in the State of Vatican City.
De tanto defecar pela boca, Francisco conseguiu uma proeza: ser destaque de capa de um fortíssimo veículo de comunicação da militância gay, a The Advocate, para escândalo e horror dos católicos com um mínimo de honestidade moral e intelectual.
Entretanto, os católicos vêm discutindo muito pouco (por pura desonestidade ou até falta de preparo) a respeito do teor desses pronunciamento à luz da doutrina tradicional da Igreja, ou seja, a doutrina milenar que se estabeleceu com sólidas raízes antes de ser solapada pelos heresiarcas do Concílio Vaticano II.
Esses católicos de fachada preferem entoar cânticos de boiolices na Jornada Mundia da Juventude, fazer vistas grossas às declarações papais, ou, pior ainda, defender despudoradamente essas declarações, com um sem-número de acrobacias hermenêuticas e citações doutrinárias, tentando provar o impossível: que Francisco é católico, não um títere de uma seita abertamente anti-católica.
A verdade, meus caros, é que - apesar de eu me referir a Francisco como papa no início do texto, para facilitar a referência - Francisco não é papa, além de não se comportar como tal. A rigor, ele se comporta como uma espécie de líder de ONG de direitos humanos. Ele carece de qualquer preocupação legítima em ensinar o que é o verdadeiro catolicismo e, assim, converter os demais povos.
Da igreja de Francisco (que de católica só tem o nome) emanam lições e pronunciamentos com roupagem religiosa, mas cujo conteúdo consiste em propostas que andam de braços com o marxismo cultural.
Na conjuntura de hoje, faz muita falta a autoridade de um Papa com todo o peso da doutrina cristã, mas o cartão de visita de Francisco é apresentar-se como chefete de uma rasteira ONG de direitos humanos. Após as perturbadoras declarações sobre os ateus e gays (declarações essas que não fazem nada além de expor os católicos ao ridículo), não demora para que Francisco recomende o uso da camisinha e condene o fumo e o uso do álcool.
Francisco e seus capangas conseguiram reduzir a Igreja de Cristo a uma miserável caricatura. É preciso ser um asno juramentado e com antolhos, mas com pomposa pose católica, para não perceber o que está meridianamente claro à sua volta.
O problema de Francisco não está propriamente em suas amizades com integrantes de outras religiões e seitas, e sim em flexibilizar a própria religião que finge representar em virtude dessas amizades, em desabrido ato de traição, digno da tra(d)ição inaugurada pelo “apóstolo” Judas contra Jesus.
Ora, amáveis leitores, não é preciso renunciar às próprias convicções para se relacionar com o mundo. A religião cristã pede exatamente o inverso: renunciar a tudo o que for do mundo (inclusive às falsas religiões) para se unir de corde totaliter et ex mente tota com Cristo.
Francisco faz exatamente o contrário: ele abre uma larga avenida em direção ao Anticristo, e os idiotas católicos de fachado o seguem sem sequer questionar a si mesmos.
Pensemos bem, meus caros: se os sedevacantistas julgassem incorrer em erro, então teria a Igreja errado miseravelmente durante quase dois mil anos até o malfadado Concílio Vaticano II?
Afinal de contas, quem está com a razão?