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segunda-feira, 22 de abril de 2013
O Dia da Terra é contrário à vida humana
Hoje é um "feriado religioso" que deveria fazer com que todos nos tornássemos ateus. Vinte e dois de abril de 2013 é o aniversário do Dia da Terra. Para muita gente, não passa de um dia de pensar de maneira acolhedora e confusa sobre ar puro, rios cristalinos, florestas verdejantes e rouxinóis canoros. Até a década de 1990, o 1º de Maio marcava a idolatria dos comunistas por uma abstração denominada "os trabalhadores", às custas dos verdadeiros trabalhadores de carne e osso e de todos os outros seres humanos do planeta. O resultado foi uma carnificina. Agora, o Dia da terra marca a idolatria dos extremo-ambientalistas pelo planeta em si, às custas de todos os seres humanos que o habitam. Se a seita continuar crescendo, os resultados serão os mesmos conseguidos pelos vermelhos.
Não há problema nenhum se indivíduos quiserem preservar as florestas, as flores, os lagos, etc. em suas propriedades e em seu próprio benefício, nem se quiserem reduzir os danos efetivos e mensuráveis causados aos seres humanos, por exemplo, pela poluição do ar e das águas. Seja como for, os priores problemas de poluição já foram quase totalmente resolvidos nas últimas décadas.
Contudo, os extremo-ambientalistas transformaram preocupações legítimas em uma seita. Se eu disser a alguém que não reciclo o lixo, por exemplo, serei tratado como se eu fizesse troça de Maomé na Arábia Saudita. Quando a reciclagem fizer sentido do ponto de vista econômico e ambiental, surgirá um mercado para os materiais reciclados e não haverá necessidade de que o governo meta sua longa colher no assunto. Acontece que, muitas vezes, a reciclagem gera custos líquidos de milhões de reais e prejudica o meio ambiente. Levando em consideração as frotas de caminhões necessárias para recolher as suas garrafas (que você deve, antes, lavar) e as instalações usadas para moer ou derreter o vidro (que consomem uma quantidade absurda de energia), acaba sendo melhor simplesmente jogar tudo no lixo como sempre se fez.
Já se escreveu muita coisa sobre a incapacidade dos ambientalistas de de comprovar quantos supostos problemas realmente prejudicam os seres humanos. Faz mesmo alguma diferença reduzir a quantidade de uma determinada substância na água de duas partes por bilhão para uma parte?
Já se escreveu muita coisa sobre a ciência fajuta por trás de muitos programas ambientais e sobre os graves problemas que esses programas criam para as pessoas, em comparação com seus benefícios minúsculos. O DDT não é o diabo que muita gente pinta, mas a falta de uso dele para erradicar insetos patogênicos causou milhares de mortes.
O que exige mais atenção é o problema dos valores fundamentais do extremo-ambientalismo. A origem definitiva e o padrão de todos os valores é a vida humana. Pedras, lama, oceanos, montanhas, peixes e aves não têm valor intrínseco nenhum em si mesmos ou por si mesmos. Eles não são nem bons nem maus. Eles simplesmente são. É na relação com nós outros, seres humanos, que as coisas apresentam seu valor.
Devemos usar nossas mentes racionais como indivíduos para descobrir os meios de sobreviver e prosperar. Um animal tem valor porque podemos usá-lo para nos alimentar ou admirar sua beleza. A água tem valor porque podemos bebê-la ou nadar nela. As pedras e árvores têm valor porque podemos construir casas com elas, ou podemos subir nelas por diversão. Os brejos talvez não tenham valor porque estão exatamente no ponto onde queremos construir uma casa.
E, naturalmente, "nós" não significa um coletivo abstrato, e sim cada um de nós, na qualidade de indivíduos. Essa é a questão da propriedade privada. Cada um de nós deve ter a liberdade de possuir e usar nosso patrimônio para o nosso bem enquanto indivíduos.
Os extremo-ambientalistas tiram os indivíduos da jogada. Eles falam do valor dos ecossistemas, habitats e pantanais sem se referir aos seres humanos em geral nem a indivíduos específicos que possam possuir patrimônio material e dele fazer uso. A rigor, os extremo-ambientalistas criam uma seita da deusa Gaia que põe os seres humanos em segundo plano. Muitos extremo-ambientalistas já dizem abertamente, por exemplo, que rotulam as pessoas como "poluição do planeta". Existe até mesmo um Movimento pela Extinção Humana Voluntária (podem procurar no Google um tal de "VHEMT"). O credo deles: "Reduzir progressivamente a raça humana, cessando voluntariamente a reprodução, permitirá que a biosfera da Terra recupere suas boas condições de saúde".
A maior parte das pessoas que comemoram o Dia da Terra retirando o lixo das ruas consiste, sem dúvida, em pessoas bem-intencionadas. Mas elas e todos nós devemos reconhecer que os fundamentos filosóficos sobre os quais uma pessoa age causará, inevitavelmente, determinadas conseqüências ao longo do tempo, independentemente da intenção. As premissas dos extremo-ambientalistas são contrárias à vida humana e, se forem levadas adiante de maneira constante, levarão a uma carnificina pior do que aquela promovida pelos comunistas. Afinal, "o verde é a nova cor do comunismo".
No Dia da Terra, devemos refletir não sobre o planeta, mas sobre os habitantes capazes de fazer com que ele valha alguma coisa.
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