Eis o que ela disse numa entrevista à Radio National, da Austrália, em 11 de junho de 2012:
“É óbvio que [os ativistas homossexuais] devem ter o direito de se casar, mas também acho que é óbvio que a instituição do casamento não deveria existir. …(L)utar pelo casamento gay implica, em geral, mentir sobre o que vamos fazer do casamento quando o conseguirmos, pois estamos mentindo quando dizemos que a instituição do casamento não vai mudar, e isso é uma mentira.
A instituição do casamento vai mudar, e ela deve mudar. Além disso, eu não acho que ela deva existir, e eu não gosto de participar da criação de ficções sobre a minha vida. Não era bem isso que eu tinha em mente quando saí do armário trinta anos atrás.
Tenho três filhos que têm cinco pais, mais ou menos, e não vejo por que eles não devam ter cinco pais reconhecidos por lei… Conheci a minha nova parceira, e ela havia acabado de ter um filho, e o pai biológico dessa criança é o meu irmão, e o pai biológico da minha filha é um homem que mora na Rússia, e meu filho adotivo o considera seu pai. Então, os cinco pais se dividem em dois grupos de três… E, na verdade, eu gostaria de viver sob um ordenamento jurídico capaz de corresponder a essa realidade, e não acho que isso seja compatível com a instituição do casamento.”
(Fonte: http://www.abc.net.au/radionational/programs/lifematters/why-get-married/4058506)Por um bom tempo, os defensores do casamento natural tentaram demonstrar que o verdadeiro programa por trás das organizações de pressão homossexual não é a igualdade no casamento, e sim a completa total decomposição do casamento e a erradicação dos valores tradicionais da sociedade. (Isso acabará incluindo iniciativas de silenciamento e punição a algumas igrejas que defendem abertamente seus ensinamentos religiosos sobre casamento e moral sexual).
Embora poucos tenham sido tão francos quanto foi essa ativista lésbica na entrevista, há exemplos numéricos que comprovam seus argumentos. Tendo recebido a oportunidade de se casar após a promulgação de leis, uma proporção relativamente pequena de homossexuais sequer se preocupa em se casar, em comparação com os heterossexuais. Isso provoca um debate sobre a verdadeira necessidade de desconstruir o casamento pela extensão “justa” de suas vantagens. Apenas 12% dos homossexuais da Holanda se casam, em comparação com 86% dos heterossexuais. Menos de 20% dos casais de mesmo sexo que já vivem juntos na Califórnia se casaram quando tiveram a oportunidade de fazê-lo em 2008. Por outro lado, 91% dos casais heterossexuais da Califórnia que vivem juntos são casados.
Obviamente se trata de uma mudança cultural e da destruição da ética familiar tradicional, pois, aparentemente, a maioria dos homossexuais que vivem juntos nem precisa nem deseja se casar, embora desejem alterar radicalmente o conceito de casamento.
Os gays e as lésbicas são livres para viver como quiserem, e a sociedade atual os aplaude sem reservas, como nunca na história, mas eles não têm o direito de reescrever o significado do casamento para o conjunto da sociedade.
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